terça-feira, 13 de maio de 2008

13 de Maio, dia Nacional de Denuncia Contra o Racismo

Por Saint' Clair

Hoje, dia 13 de Maio de 2008, é comemorado 120 da Abolição da Escravatura, assinada pela Princesa Isabel, data comemorada pela nação e etc, mas não para a população negra do país, para eles hoje é um dia de cobrança história, pois, como sabemos a população negra foi abandonada à margem da sociedade durante toda a história.

A libertação dos escravos, lá em 1888, foi um alívio para os senhores de escravos, pois se livraram de um sistema que estava naufragando, sem perder o capital investido. E agora, eles não tinham nem a preocupação de uma rebelião, nem a responsabilidade de alimentar a sua propriedade (pois eram assim que eram tratados os seres humanos por terem a pele escura). Historicamente a abolição foi mais uma jogada do capital que estava prestes a entrar em colapso e precisava achar uma saída. E ela foi a liberdade do escravo, o tornando livre, principalmente livre dos meios de sobrevivência, assim como aconteceu com os servos ingleses no período da Revolução Industrial. Ao libertar os escravos, a resistência negra perdeu a força pois foi enganada e acreditando que estava livre. Construindo esse país com seu suor e seu sangue e sendo renegados à miséria dessa nação.

Hoje, após 120 anos de luta, com sua “liberdade” jurídica o Movimento Negro diz BASTA aos preconceitos, à falta de oportunidades e à falta dos meios de sobrevivência, e etc! Querem ter visibilidade, querem ter emprego, querem ter comida no prato, querem ter terra pra plantar, querem a sua cultura, em fim, querem ser reconhecidos!

O ato que aconteceu na Praça Costa Pereira, foi um grito dos afrodescendentes contra os 500 anos que sua etnia está sendo oprimida pelas mazelas do capital, sendo considerada como “mão-de-obra” baratos, considerados apenas braços fortes e baratos para carregar nas costas a construção do capital!

E acompanhado esse clima de cobrança, as comunidades quilombolas ocuparam a sede do IDAF(Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal ), cobrando desse órgão o reconhecimento e a demarcação das terras devolutas do estado. Eles lutam pela terra que lhes foi deixada por seus ancestrais e que hoje ou se encontram nas mãos das grandes empresas latifundiárias do estado, ou degradadas devido a influencia das mesmas.

Nenhum comentário:


Comuna de Paris de 1871